São boas as notícias sobre a cirurgia micrográfica no Brasil. No XIX Congresso Ibero-latino-americano de Dermatologia (Cilad), ocorrido em setembro do ano passado, em Sevilha, Espanha, foi aprovada a criação do Grupo de Cirurgia de Mohs do Cilad. Participaram da reunião para a instituição do grupo especialistas da Costa Rica, Espanha, Argentina, Colômbia, Estados Unidos, além do Brasil, representado pelos colegas dermatologistas Luiz Roberto Terzian, Frederico Sanchez, Selma Cernea, Gabriel Gontijo – sendo estes dois últimos escolhidos para coordená-lo, juntamente com Carlos Garcia (EUA ) e Gaston Galimberti (Argentina).
O vice-presidente da SBD, Gabriel Gontijo, lembra que o Brasil é um dos países mais avançados na organização da estrutura do Grupo de Cirurgiões de Mohs do mundo, tendo, aliás, servido de modelo para elaboração das Diretrizes de Capacitação nessa área de atuação da dermatologia. “A partir de agora teremos ampla participação em todos os eventos científicos do Cilad, divulgando nossa experiência e o intercâmbio de cirurgiões de Mohs entre os Serviços que realizam essa técnica nos países que compõem o Cilad”, disse.
Outra boa notícia sobre a técnica, é que o Departamento de Cirurgia Micrográfica da SBD, durante a gestão da ex-presidente Bogdana Victória Kadunc, sob coordenação da Selma Cernea e auxiliada pelos doutores Gabriel Gontijo, Roberto Tarlé e Eugênio Pimentel, elaborou um documento que rege as Diretrizes de Capacitação do Cirurgião de Mohs no Brasil, apresentado e aprovado na última reunião do Conselho Deliberativo da SBD de 2012, na Radesp, como regimento do Departamento de Cirurgia Micrográfica da Sociedade.
Gontijo ressalta que foi também realizado um censo sobre a atual situação da cirurgia micrográfica de Mohs no Brasil revelando o que está ocorrendo no país em relação ao procedimento cirúrgico. A pesquisa levantou o número de médicos acreditados pelo Departamento de Cirurgia Micrográfica da SBD, quantos trabalham em Serviços Credenciados da Sociedade, qual é o conteúdo programático desses centros de formação , entre outros pontos. “Nosso objetivo principalfoi organizar, unir e fortalecer o grupo , evitando a banalização da técnica.
Além disso, foi uma forma de contribuir com o Departamento de Cirurgia Micrográfica da SBD para realização de eventos científicos, promovendo a adequada formação de novos cirurgiões de Mohs e estimulando a troca de experiências entre os profissionais no Brasil e em outros Serviços no exterior, que também poderão colaborar com a capacitação de novos cirurgiões de Mohs e, ainda, com a divulgação da técnica para a população em geral”, explica Gabriel Gontijo, responsável pela elaboração do censo.
Fonte: Jornal da SBD O Anon 17 n.1