Protetores solares com fator alto podem não proteger totalmente contra a forma mais letal de câncer de pele, sugere o estudo realizado pelo Cancer Research do Reino Unido que descobriu que apesar deste tipo de protetor reduzir o dano ao DNA causado pelo sol e retardar o aparecimento de melanoma maligno, ele não fornece uma proteção completa.
De acordo com a pesquisa, isso prova que as políticas de saúde devem promover uma combinação de métodos para a proteção com chapéus, guarda-sol e protetor solar.
Durante o estudo, os camundongos que foram predispostos ao melanoma demoraram cerca de 30% mais tempo quando usaram protetor solar com fator 50, mas, ainda assim, ficam vulneráveis. A pesquisa, publicada no jornal Nature, revela que o raio ultravermelho afeta diretamente o DNA na pele, o que aumenta a chance de desenvolver a doença.
— O raio ultravermelho tem sido conhecido por causar câncer de pele, mas como isso acontece não está exatamente claro. Esses estudos nos permitem começar a entender como o melanoma é provocado.
Segundo a doutora Julie Sharp, chefe de informação de saúde no Cancer Research, as pessoas expostas ao sol devem usar um creme com uma boa proteção UVA.
— Sabemos há algum tempo que o filtro solar, quando aplicado corretamente, pode ajudar a proteger nossa pele dos efeitos nocivos dos raios de sol. Mas, as pessoas tendem a pensar que são invencíveis ao aplicá-lo e acabam ficando mais tempo no sol do que o desejado
Fonte: O Globo