Um novo estudo mostra que existe este risco e os pesquisadores afirmam que deve-se evitar fazer tatuagens sobre sinais ou marcas de nascença porque isso pode dificultar a detecção do desenvolvimento do câncer de pele.
Foi reportado por pesquisadores na Alemanha o caso de um jovem que desenvolveu um melanoma em um sinal pré-existente sob uma tatuagem, durante um tratamento de remoção da tatuagem com laser.
Dezesseis outros casos de melanomas se desenvolvendo em áreas de tatuagem foram descritos, dizem os autores do estudo. "Em geral, tatuagens não devem ser feitas sobre lesões pigmentadas; se forem, elas não devem nunca ser tratadas com laser".
"Cinquenta por cento de todos os melanomas se desenvolvem em sinais pré-existentes" disse o Dr. Hooman Khorasani da Icahn School of Medicine, em Nova York. "É mais difícil vigiar sinais que estão cobertos por uma tatuagem, já que os pigmentos interferem com alguns dos métodos usados para a detecção do câncer."
A remoção da tatuagem também pode dificultar a vigilância. "O tratamento com laser também remove o pigmento dos melanócitos e, assim, qualquer pigmentação irregular que poderia ser detectada não o será tão facilmente."
"Se a remoção for realizada, os sinais devem ser biopsiados antes de serem tratados por qualquer tipo de laser", diz Khorasani, que acrescenta: "Se você tem sinais por baixo de uma tatuagem, visite um dermatologista certificado a cada seis meses, ao invés de uma vez por ano", como é recomendado para a população em geral.
Os pesquisadores alemães concordam que qualquer lesão suspeita de câncer de pele deve ser removida antes do tratamento com laser.
Fonte: Health Day – Health News (31/07/2013).