Prezados associados, Nós, dermatologistas, como todos os médicos brasileiros, estamos atônitos com a situação atual da saúde em nosso país. Sabemos os sacrifícios que o médico passa para obter seu diploma. Sua dedicação é traduzida por inúmeras noites em claro, pelo afastamento da família e dos amigos, além da afl ição ao tratar de pessoas doentes sem contar com infraestrutura adequada. 

Apesar de tudo isso, injustamente, somos colocados como “culpados” de todas as mazelas relacionadas à assistência à saúde. Vemos com temor e indignação um governo vetar a Lei do Ato Médico após 12 anos de discussões e de muito trabalho. 

Esses acontecimentos evidenciam as graves distorções políticas do governo brasileiro. Nesse cenário, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) vem sendo bastante participativa nos desdobramentos desses impasses que ganham novos contornos a cada dia. 

Aprofundamos o relacionamento com as entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), entre outras, e temos sido relevantes nas discussões desses grandes temas.

A Diretoria da SBD elaborou um documento no qual além de colocar os vetos, com as razões da presidente Dilma para fazê-los, apontou os principais motivos pelos quais somos contra. Nesse texto, é enfatizado o risco que a população corre com a manutenção dos vetos. Riscos elencados em um dossiê completo sobre complicações de procedimentos realizados por não médicos. 

O documento foi entregue a deputados e senadores, que fi caram bastante sensibilizados. Infelizmente, apesar do empenho dos médicos, o Congresso manteve os vetos da presidente. Vale lembrar que a lei que regulamenta cada profi ssão norteará as atividades permitidas nas várias áreas de saúde. 

Agradecemos a todos os associados da SBD que contribuíram e os conclamamos à luta, que continua. Luta por um país melhor, mais cidadão e justo.


Fonte: Jornal da SBD – Ano 17 n.4