O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum e representa mais da metade dos diagnósticos da doença – no Brasil, são mais de 120 mil casos novos por ano. Existem três tipos: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. Os dois primeiros representam 95% do total dos casos, porém o melanoma é o mais perigoso e com maior risco de morte já que pode causar metástase.
No entanto, a gravidade do melanoma geralmente se dá por causa do diagnóstico tardio – se descoberto no início, há praticamente 100% de chances de cura. Por isso, é importante observar e prestar atenção nas pintas do corpo – o melanoma cresce primeiro para os lados e, ao primeiro sinal disso, é bom procurar um médico para evitar que ele atinja a derme, camada mais profunda da pele. Caso isso aconteça, o câncer entra na corrente sanguínea e pode se alojar em qualquer órgão do corpo.
Se detectado no início, o câncer pode ser tratado cirurgicamente, mas em casos de metástase, o tratamento é sistêmico. Mesmo depois de tratado, no entanto, ele pode voltar.
Entre as pessoas que correm mais risco de ter a doença, estão as de pele clara, olhos azuis ou verdes, cabelos ruivos ou loiros, as que têm casos na família, com muitas pintas no corpo e que tiveram queimaduras solares antes dos 15 anos de idade. Há ainda o risco de surgir uma pinta no pé, que pode ser um sinal de melanoma, especialmente para quem tem a pele negra. Nesse caso, é bom procurar um médico para avaliar a necessidade de retirar a pinta.
Outro período que pode aumentar o risco é a gravidez, acredita-se por causa da ação dos hormônios. Nessa fase, as pintas mudam por causa do estiramento da pele e começam a apresentar outra forma e uma cor mais escura. Por isso, mulheres que têm muitas pintas devem procurar um dermatologista antes de engravidar para que o médico faça um acompanhamento durante esses 9 meses.
Como prevenção, a dermatologista Márcia Purceli alerta que a dica principal é se proteger do sol com chapéus, camisetas e protetores, principalmente entre 10h e 16h. Porém, ela alerta que o uso do filtro é essencial também em dias nublados. Outra medida importante é observar as pintas no corpo – a médica alertou que as pessoas se preocupam muito com as pintas em alto relevo, sendo que o risco maior de melanoma é por causa das pintas lisas. Veja no quadro abaixo o que mais observar.
No caso dos outros tipos de câncer, o carcinoma basocelular ou carcinoma espinocelular, o sinal de alerta é uma lesão que não cicatriza em 28 dias, período que a pele leva para se regenerar.
O primeiro deles, o carcinoma basocelular, representa 75% dos casos e pode surgir em qualquer idade já que é provocado pela exposição ao sol. De acordo com o oncologista Antonio Carlos Buzaid, a lesão desse tipo é mais comum na zona T do rosto e o tratamento é cirúrgico. Já o carcinoma espinocelular geralmente aparece no rosto, orelha, lábios, pescoço e no dorso da mão, mas podem ocorrer ainda lesões em outras partes do corpo e nos órgãos genitais.
Do mesmo jeito que o carcinoma basocelular, esse tipo de câncer começa como uma ferida que não se cicatriza, mas nesse caso, o tamanho é maior. O tratamento também é com cirurgia.
Fonte: G1