Em nota oficial, Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta para riscos de submeter-se a procedimentos sem acompanhamento de um médico

Uma mulher de 39 anos morreu no último fim de semana após fazer um procedimento de aplicação de hidrogel “Aqualift” nos glúteos. Vítima de embolia pulmonar, a paciente realizou o procedimento com uma suposta biomédica, numa clínica de estética em Goiânia.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) faz alerta às autoridades (Ministério Público), para o risco de aplicações de substâncias na pele por pessoas não médicas. Os procedimentos estéticos podem parecer simples, mas não são. Para aplicação de substâncias no corpo é preciso conhecer a anatomia, fisiologia, imunologia e as interações dos medicamentos que são utilizados no processo. Além disso, o mais importante é conhecer as prováveis complicações que podem surgir com os procedimentos e saber tratá-las de forma adequada. Isto pode salvar a vida dos pacientes.  Portanto, este caso nos faz refletir e serve de alerta mais uma vez para a importância da realização de procedimentos estéticos por um médico especialista, profissional que é apto para lidar, inclusive, com as possíveis complicações.

Nossa missão é prioritariamente proteger a população, evitando o exercício da medicina em condições inadequadas, assim como o uso de produtos sem reconhecimento científico. Esses tratamentos não podem ser banalizados e os produtos não podem ser utilizados de maneira livre, mesmo que seus perigos sejam conhecidos.

A situação é extremamente grave, porque, diariamente, a população é colocada em risco. A Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta que o médico é o profissional da saúde capacitado ao longo de 6 a 10 anos para diagnosticar complicações clinicas, como a embolia pulmonar (causa da morte da paciente) e tratá-las de forma adequada.

Denise Steiner – Presidente

Sociedade Brasileira de Dermatologia