No final do ano passado, o ator australiano Hugh Jackman, conhecido principalmente pela interpretação do personagem Wolverine na saga X-Men, contou em uma rede social que se submeteu pela terceira vez a uma cirurgia para retirar uma mancha no nariz, diagnosticada como câncer de pele. Após a cirurgia, o ator recomendou a seus fãs que fizessem exames periodicamente e utilizassem protetor solar.

Como o ator australiano, a cada ano, 120 mil brasileiros descobrem algum tipo de câncer de pele. Nem mesmo as intensas campanhas sobre proteção solar no verão inibem o aparecimento de tantos casos. A estação mais quente do ano favorece a realização de atividades ao ar livre e consequentemente uma maior exposição aos raios solares.

Embora a variação menos agressiva de câncer de pele (carcinoma basocelular) seja a mais comum, é importante tomar bastante cuidado com a exposição ao sol para evitar o aparecimento deste e dos tipos mais graves da doença. Como prevenção, a oncologista clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) Veridiana Pires de Camargo recomenda o uso de proteção solar principalmente em crianças e adolescentes, que não devem se expor ao sol no intervalo entre dez horas da manhã e quatro horas da tarde.

Pacientes de pele branca, com sarda, olhos claros e cabelos claros apresentam maior risco de desenvolver a doença, segundo a especialista. “Diferente do negro, que tem baixa incidência do melanoma, as pessoas com essas características precisam ter atenção redobrada”, diz a oncologista do Icesp.

A observação das pintas do corpo ou de pequenas feridas na pele também é fundamental, conforme explica a especialista. “Nem sempre aqueles sinais planos e sem pelos são tão inofensivos quanto parecem. As pintas planas são as que mais chamam atenção e as que têm pelo e são altas não costumam causar problemas. As pintas vermelhas também não são grandes motivos de preocupação”, diz.

A oncologista afirma que é essencial observar eventuais variações desses sinais como assimetria, mudança nas cores, nas bordas e outros sintomas como sangramento e coceiras. O tratamento, segundo a especialista, é basicamente feito com cirurgias, que retiram os tumores, evitando assim que a doença se espalhe pelo sangue e atinja outros órgãos do corpo.

A médica do Icesp ensina como observar as pintas do corpo por meio da regra do ABCDE das pintas. Segundo Veridiana Pires de Camargo, cinco aspectos podem auxiliar na avaliação desses sinais. Confira a seguir:

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Fonte: coracaoevida.com.br