Nos próximos quatro anos, o Brasil  promoverá grandes eventos esportivos mundiais em sequência. O pontapé inicial será dado daqui a cinco meses, quando o país organizará a Copa das Confederações em seis cidades (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Fortaleza e Recife). O torneio vai servir como preparação para a Copa do Mundo a ser realizada em 2014. Dois anos depois, em agosto de 2016, o Rio de Janeiro vai receber os Jogos Olímpicos. 
 
A proximidade desses megaeventos nos faz lembrar a importância dos cuidados com a pele para que as doenças não interfiram na performance esportiva de atletas profissionais – e também ocasionais! É nesse sentido que a dermatologia aplicada ao esporte contribui para a elucidação, prevenção e tratamento das dermatoses nos adeptos da prática de atividades físicas. Também salienta a atenção especial diária dos praticantes com pele, cabelos e unhas que, devido ao atrito e às diferenças do meio ambiente, podem apresentar alterações que desencadeiam infecções bacterianas e fúngicas de repetição, as transmitidas pelo contágio direto com a pele infectada de outro atleta ou de equipamento contaminado, entre outras.
 
Atividades ao ar livre também requerem cuidados específicos, pois expõem seus praticantes à radiação ultravioleta emitida pelo sol, uma das responsáveis  pelo desenvolvimento do câncer de  pele. Nesses casos, a proteção solar adequada é essencial para retardar o processo de envelhecimento cutâneo. 
 
É fundamental ainda para quem pratica algum tipo de exercício físico manter o rosto sempre limpo, para que não haja obstrução dos poros e o fluxo do suor seja natural. Deixar o corpo preparado para as mudanças de temperatura, a fim de que ele suporte bem a ação de agentes externos, como o sol e o frio, é outra recomendação importante.
 
Também é importante frisar, que novas modalidades esportivas, como os esportes radicais e a ultramaratona produzem novas dermatoses que vêm sendo descritas nos últimos anos. Nosso imenso litoral expõe praticantes de esportes aquáticos a novas doenças cutâneas; recentes desequilíbrios ecológicos têm trazido às nossas praias novos patógenos e agentes biológicos – os dermatologistas devem estar atualizados sobre toda essa situação e prontos para diagnosticar prontamente essas dermatoses.
 
A prática de esportes deve levar ao bem-estar, mas o risco de doenças dermatológicas não pode ser deixado de lado. Por isso, cuidados básicos de higiene pessoal, o uso de equipamentos adequados e limpos, e a cautela na exposição prolongada ao sol reduzem, significativamente, a chance de que esses problemas apareçam. A alimentação e o consumo de líquidos também têm papel fundamental no desempenho dos esportistas e na proteção da pele. 
 
 
Fonte: Jornal SBD 2013,Ano17, n1